quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Imagem

Quero morrer de aurora
Excesso de passarinhos
Febre incontida do verso
Quero morrer de canção
Amor do tamanho do Amazonas
Gordurosa lua no sangue
Que tudo seja uma imagem:
A vela, o castiçal, a lápide...
E corram, corram, façam um poema!
Porque a vida e a morte
São portos, são pastos
Onde a poesia é vinho
E assim eu quero morrer
Embriagado de infinito
De um adeus cheio de Deus

(Danniel Valente)

Um comentário:

  1. Lindo escrito que inspirou um poema novo sobre um garoto muito antigo. Bonito de ler. Parabéns!

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